sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hipocrisia velada ou ignorância intelectual?


De tanto colecionar dúvidas sobre posturas, decisões e comportamentos humanos, resolvi adquirir um baú... e lá, guardo alguns desses indissolúveis questionamentos que vez por outra, me tomam algumas horas queimando neurônios, tentando alcançar o que parece inalcançável, que é: entender os critérios usados por nós, para diferenciar isso, daquilo... 
E uma vez estipuladas tais diferenças, classificar a importância de ambas.
Então, dia desses, ao remexer o tal móvel adquirido, visualizei simultaneamente uma matéria publicada num desses conceituados veículos da mídia, que falava em proibição judicial envolvendo ARTE e ATRIZ ADOLESCENTE de 16 anos. (?)
Eis que, nesse momento, emergiram desse meu baú, algumas das muitas dúvidas que volta e meia, me confundem a cabeça e o pouco entendimento que tenho sobre as complexidades legais e jurídicas.
Instantaneamente, me perguntei inúmeras coisas: onde será que começa o bom senso coletivo? Ou, onde terminaria a hipocrisia disfarçada e cínica, de alguns que, detém nas mãos o poder de: simplesmente assinar autorizações (ou assassinar liberdade de expressão), mandar cessar essa ou, aquela manifestação (ou matar o verdadeiro sentido da arte em si) e expedir leis (ou expelir do alto de suas competências, verdades absolutas)?

Estarreceu-me, ler sobre a determinação outorgada pela justiça paulista, que vetava uma jovem atriz de 16 anos (já emancipada antes da tal 'proibição'), de mostrar o seio e 'simular' ato sexual, em duas cenas de um espetáculo teatral, onde ela, é parte do elenco.
A cena (contextual) onde ela mostra o seio, é definida pela própria atriz, como: POÉTICA e não: PORNOGRÁFICA.
Tal cena, que fecharia o primeiro ato da peça, teve que ser adaptada posteriormente, para acatar a resolução do Senhor Juíz Fulano de Tal...
Ora, pois! Com todo o respeito, pareceu-me mau administrado ou, até mesmo desperdiçado, o precioso tempo (ou a sobra do mesmo), do qual disponibilizam os nossos magistrados, para discutir/decidir questões certamente mais importantes e cruciais, ao bem estar de nossas crianças e adolescentes.

Porque será que, UM SEIO (adolescente) à mostra numa manifestação de arte, deveria chocar mais e merecer mais rigor e atenção do que, DOIS SEIOS (igualmente adolescentes), à mostra e à mercê, de uma horda de pessoas adultas, covardemente dispostas a pagar alguns poucos vinténs, ou quase nada, para saciar suas lascívias doentias e até inescrupulosas, por essas empoeiradas estradas, avenidas movimentadas e confins de nossas 'Terras Brasilis'?!

Será realmente mais importante e urgente, priorizar o 'veto' em se mostrar 'simulações' de atos sexuais encenados por jovens de menor idade em espetáculos teatrais, do que, proibir literalmente com rigor e responsabilidade, não as 'simulações', mas os atos sexuais propriamente ditos e praticados por inúmeras tantas crianças e adolescentes, nas ruas, nas 'casas de famílias', nas instituições ditas 'religiosas', ou em qualquer outro cenário, que não, o palco de um grande teatro?!

E pasmem, assim como eu! Como se não bastasse o exagero da resolução em si, ainda foi determinado que, a jovem atriz fosse acompanhada durante as apresentações por duas psicólogas, que emitirão laudos para saber se, por atuar na peça, a garota sofreu algum dano psicológico...(?)
Eu, sinceramente, do alto de minha ignorância legal e jurídica, não consigo compreender que tipo de dano psicológico, poderia sofrer uma jovem, ao representar com prazer, consciência e dignidade, uma personagem fictícia numa peça teatral. 
Se tal encenação poderia causar algum 'dano psicológico', o que causaria então, as vias de fato a que se submetem tantas outras meninas e meninos, quando alugam seus seios, inocências e genitálias como meios de ganhar o pão, saciar a fome e anular de vez, qualquer dignidade e auto estima?
Às vezes,  gostaria de poder ter acesso a tal qualificação acadêmica, para quem sabe, anular de vez minha incapacidade simplória  de entender os critérios usados pelos grandes detentores do poder e possuidores de conhecimentos técnicos, complexos e legais.
Quem sabe assim, eu diminuísse consideravelmente a bagagem acumulada, em meu confuso BAÚ?!
Pelo visto, acho que terei que adquirir em breve, um outro baú.
Dessa vez, um pouco maior... pra caberem tantas novas indagações incompreendidas e algumas interrogações infinitas...

Perdoem-me, se minha ignorância tanta, desconserta e incomoda os mais intelectualizados e qualificados que, por mera curiosidade, se dispuseram a ler tamanha nescidade...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Compartilhe um SORRISO! Salve uma VIDA! Cadastre-se no REDOME e seja um doador de MEDULA ÓSSEA!!


Você já ouviu falar no REDOME (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea)?

O REDOME (http://www.doemedula.com/redome) é uma central, onde são cadastradas todas as pessoas que, voluntariamente se dispõem a ser um  doador de medula óssea. 
Essa central é mantida pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer).
A função do REDOME, é armazenar esses cadastros, que contém várias informações pessoais sobre os possíveis doadores, tais como: nome completo, endereço, telefones para contato, e-mail etc.
Posteriormente, essas informações sobre cada voluntário, são cruzadas com dados também cadastrados em uma outra central, chamada:
REREME - Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea, que é onde ficam registrados, todas os pacientes (receptores), que aguardam por um transplante.
Existem atualmente no Brasil, cerca de 1300 pessoas com algum tipo de doença (leucemias, aplasias, etc), aguardando numa fila de esprea, por um doador compatível.
A chance de um paciente que se encontra hoje, nessa fila de espera, de achar um doador que seja de 90 a 100% compatível com ele, é de 1 para cada 100.000 voluntários cadastrados.
Isso mesmo! A compatibilidade para um paciente que necessita de transplante de medula óssea,  pode ser encontrada em UMA, a cada grupo de CEM MIL pessoas.
E sabe qual é o número aproximado de voluntários que se sensibilizaram com esses pacientes e decidiram cadastrar-se gratuitamente no REDOME? Cerca de 530.000 voluntários. 
Eu sei! Parece um número considerável. Mas, diante da dificuldade em ser compatível com apenas UMA a cada CEM MIL pessoas, esse número de cadastrados, torna-se quase insignificante.
Por isso, façamos cada um de nós, um gesto aparentemente SIMPLES, mas que, pode significar VIDA, amenizar SOFRIMENTO e converter em SORRISOS, pessoas que aguardam dia após dia, por uma doação que pode vir de mim, de você ou, de alguém para quem você, venha  a divulgar essas informações.
Eu já estive num centro de coleta e retirei uma pequena amostra do meu sangue, para efetuar meu cadastro junto ao REDOME.  E posso assegurar que, é o mínmo que se pode fazer, diante de uma situação que grita por SOLIDARIEDADE e valor à vida do próximo.
Tomara que, dentre os prováveis 1300 Antônios, Josés e Vanias,  que aguardam ansiosamente por alguém compatível, exista pelo menos UM, que possa receber um pouquinho de mim, através da minha doação. Ficarei imensamente feliz se, o meu gesto proporcionar a alguém, a  possibilidade de viver dignamente com saúde e uma nova medula.

Sozinhos não somos NADA!
DOE MEDULA. SALVE VIDAS!

Informe-se mais a respeito, clicando em alguns dos links sugeridos abaixo, se você assim desejar.
Não se preocupe, são links seguros, nos quais eu acesso e mantenho contato constantemente.


Um abraço a todos!

terça-feira, 13 de julho de 2010

QUANDO A DOR É IRREVERSÍVEL E O VALOR DE UMA VIDA, PARECE SER NADA...

O objetivo desse vídeo é, primeiramente se solidarizar com inúmeros casos (como o de Flavia) que, apesar da pouca divulgação (a meu ver), na mídia de modo geral, aconteceram e continuam a acontecer frequentemente, de maneira desumanamente impune e covardemente vergonhosa.
Num país onde a 'justiça' anda a passos 'quelonianos', e a vida parece ser tão comensurável, a ponto de páginas e páginas de processos judiciais se arrastarem por tempo indeterminado, o mínimo que pode-se fazer além de indignar-se é: DIVULGAR, e TRAZER À TONA, SEMPRE E MUITAS VEZES, casos que (para uma legislação falha e morosa), melhor seria, se fossem esquecidos e abafados num silêncio impotente e desdenhoso.
ASSISTA o vídeo, LEIA todos os posts relacionados, DIVULGUE e REFLITA, sobre situações que podem acontecer a qualquer pessoa, em qualquer dia ou lugar.   
Vidas não podem ser ceifadas, de maneira tão indignantemente cruel. 
Tão pouco, famílias devem cultivar dores irreparáveis, sem que, NADA ou muito pouco, se faça para impedir tamanha irresponsabilidade e descaso. 
 

sábado, 10 de julho de 2010

Extinguindo (ex) passos...


A necessidade pungente de somar desejos, dividir sentimentos, multiplicar alegrias, ou subtrair maus momentos, reside na matemática diária de cada indivíduo, seja ele: tosco, elitizado, sonhador, imediatista ou não.
Ser visceral nas emoções, e verdadeira sobretudo comigo mesma e com os que passam pela minha história, é algo que, já me fez rir, chorar, perdoar, excluir, arrepender, sofrer, e até mesmo entender que:
nem todas as pessoas estão na mesma sintonia... (??)
ninguém muda ninguém...
perde-se muito tempo: procurando explicações filosóficas, metafísicas ou cósmicas, para os DEFEITOS alheios.
Perde-se mais tempo ainda: tentando descobrir os PORQUÊS, de todas as coisas.
prefere-se, quase sempre destacar conseqüências, ofuscando as causas...
Palavras, nem sempre condizem com o que passeia na mente e/ou reside no coração.
O mundo, é voraz (mesmo que não queiramos participar do banquete).
E as 'personas', são descaradamente (cada vez mais), egocênticas, interesseiras e sem respeito umas pelas outras.
Ignora-se com um certo orgulho, o EFEITO que um sorriso, um abraço, um olhar e um simples gesto de carinho, podem causar ao espírito, ao físico, e ao que realmente guardamos, dentro de nossas lembranças...
brindemos à liberdade de errar e à chance de recomeçar uma nova trama, onde teçamos fio a fio, cada detalhe de um emaranhado imperfeito, ímpar e sutilmente desigual a qualquer outro.
Que o som, seja em tom de falsetes, pincelados de rodopios leves e sincronizados... e que no caminho sejam deixados pra pra trás, todos os (ex) passos...